quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que diz a escritora Adriana Brazil

PAZ!
Foi o que senti enquanto lia esse livro. Achei interessante, é que, não me recordava se alguma vez isso tinha acontecido, durante a leitura de um romance. Foi tão bom! Uma paz, uma leveza nas palavras que me cativou do começo ao fim.

Por Linhas Tortas, traz a história de Ester, que conheceu o grande amor da sua vida na faculdade, um momento mais que fofo é o diálogo deles, quando ele a convida para sair.

- Que horas você se levantou hoje?
- O quê? - perguntei surpresa.
Ele sorriu. Um sorriso bonito. Os dentes eram muito brancos, contrastando com a pele bronzeada (...). Acabei esquecendo a pergunta. Então ele explicou:
- Faz parte do miniquestionário que uso quando quero conhecer uma pessoa. Perguntas que esclarecem um pouco sobre alguém de quem não sei ainda.
- Você quer me conhecer?
- Aceita responder?
- Depende.
-De quê?
- Não pretendo responder nada que diga a respeito à minha intimidade...
(...)
-Animal de estimação?
- Só bichinhos de pelúcia.
(...)
- Flor favorita?
- Girassol.
-Por qual data do calendário está esperando?
-Nenhuma.
(...)
-Verão ou inverno?
-Inverno.
(...)
-Você faz amizades com facilidade?
-Não me abro com facilidade, exceto quando sou interrogada.
Ele riu. Continuei:
-Nunca fui de ter turma.
- Você tem namorado?
Não respondi. Olhei Miguel bem nos olhos, que me fitavam com um brilho diferente.
- Fique tranquila, é a penúltima.
- Não, não tenho.
- Quer sair comigo hoje?

Fofo! 
Ester acaba se casando com o belo Miguel e vive de uma forma intensa seu relacionamento, o amor deles é bastante belo! Mas algo inusitado acontece e Ester vai morar em uma cidade de Belo Horizonte. Lá ela recomeça sua vida, pessoas muito diferentes e especiais passam a fazer parte da vida da moça. E o amor bate as portas do seu chalezinho, trazendo mansidão, bondade e verdade. Ensinando que o direito de recomeçar pertence a todos.
Não posso contar muito sobre a história, pois o encanto do livro, está justamente em não saber o que virá, por este motivo, o nome do livro.

Por Linhas Tortas é um livro romântico, leve, muito bem escrito, e com um enredo inesquecível! Levei dois dias para lê-lo e confesso que depois de quase duas semanas, ainda me pego pensando na história e nos personagens. Cynthia França faz transbordar das entrelinhas, uma linda história de amor, que certamente irá tocar o coração dos românticos, assim como eu.

Quero parabenizar a autora por ter escrito uma história tão linda!
Leitura mais que recomendada!

Sem dúvidas, Cynthia França é uma autora nacional que merece a flâmula:
 

O que diz a escritora Camila Nascimento Silva

Se eu tivesse que definir Por Linhas Tortas em uma única palavra, esta seria DELICADEZA.

O livro de estreia da escritora Cynthia França nos apresenta a história de Ester, uma carioca inteligente e sensível, que mesmo apaixonada pela literatura acaba tornando-se advogada por aconselhamento da família. E é justamente na faculdade de Direito que ela conhece Miguel, aquele que se tornaria o namorado, o marido e, por que não dizer?, o anjo da guarda da nossa protagonista!

Como toda mulher moderna, Ester é batalhadora, dinâmica e ao lado de Miguel vive uma união absolutamente harmônica. Harmonia esta que se confirma com a gravidez de Ester, quando então passamos a entender a real dimensão desse amor.

Entretanto, é exatamente quando tudo parece irretocavelmente perfeito que Ester leva o maior golpe de sua vida! E para sobreviver, ela terá de aprender a se reeguer mesmo quando não existe mais chão.

Qual mulher não é capaz de entrar na pele de Ester, sentir sua dor e entendê-la?

Um concurso público e uma transferência para a cidade de Belo Horizonte, são apenas uma das mudanças que o destino reserva para Ester. Com o apoio da família e, principlamente, da irmã, Aretuza, a vida da balzaquiana segue e nós, leitores, acompanhamos sua adaptação na nova cidade, a criação do novo círculo de amizades, com os animados Diogo e Luciana e, enfim, seu amadurecimento. Aos poucos, Ester vai recuperando a autoconfiança, a fé na vida, nas pessoas e no amor.

Então, ao adquirir novamente a certeza de que merece ser feliz, nossa protagonista passa a ver o mundo de uma forma mais plena e assim, mesmo sem perceber, atrai a atenção de um geólogo super charmoso e inteligente que, como Ester, é apaixonado por literatura. (Aliás, Ester e Gonçalo descobrem não só esta, mas muitas outras afinidades!)

"Percebi que amar a vida era amar tudo o que eu vivia: Os momentos felizes e também as lutas, os desafios, os esforços. Senão não passaria de mera ficção."
pag 70

Por Linhas Tortas é um livro absolutamente envolvente e sentimental onde Cynthia brinca com a narração em primeira pessoa e nos propõe um tom tão intimista e natural, que por vezes temos a impressão de estarmos lendo um diário. Sistematicamente falando, até mesmo a forma como o texto é apresentado, sem a clássica divisão por capítulos, nos sugere essa ideia. Além disso, a autora concebeu personagens e conflitos muito bem construídos e de fácil identificação com o leitor.

Aliado à mensagem do livro que é linda, um verdadeiro incentivo à superação, a escrita de Cynthia é recheada de citações poéticas, referências à literatura e até letras de músicas, o que contribui para enriquecer sua obra, tornando a leitura ainda mais prazerosa.

Outro ponto fascinante e que me chama a atenção em Por Linhas Tortas é o fato de tratar-se de uma história sobre uma mulher real, com uma vida real, com problemas, perdas e incertezas absolutamente reais, numa trama que aborda também relacionamentos familiares e grandes amizades. Mas acima de tudo, eu diria que Por Linhas Tortas é uma história sobre superação. Uma visão totalmente realista e contemporânea do universo feminino.

Enfim, o livro de estreia de Cynthia Franca não deixa dúvida sobre seu grande potencial como autora! E meu conselho para quem vai ler o livro é: Desmarque todos os seus compromissos antes de começar a leitura, pois depois da primeira página você não vai conseguir largar o livro!

Livro recomendadíssimo! Quem gosta de romance, vai amar!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O que diz a escritora Camila Prietto

Todos sabem que sou fã de literatura fantástica e se for o caso de falarmos em realismo que seja um suspense de investigação daqueles bem James Patterson. Mas pra minha surpresa apaixonei-me por um livro simples, delicado e singelo.
Tenho que dizer que já fazia tempo que eu não lia um livro tão rápido e sentia essa necessidade de ficar lendo tudo de uma vez. Pra mim, se formos julgar a qualidade de um autor, o primeiro quesito é esse: Consigo largar o livro? Não!
Então está feita a literatura, a obra e consagrado o autor. Isso, Cynthia França faz como poucos que eu vi. No rol dos “não consigo parar de ler” estão: Rubem Fonseca, Dan Brown e J.K.Rowling. Só pra citar o meu empate em primeiro lugar! E agora, tenho a honra e o prazer de colocar nessa minha lista uma autora nacional jovem e de quem ainda veremos ótimas obras, tenho certeza!
Dei cinco estrelas com prazer, orgulho e devoção. Por Linhas Tortas  não seria nem de longe um livro que eu escolheria para ler, não por sua qualidade, atestada agora como ímpar, mas pela temática, realismo e pela narração em primeira pessoa. Assumo que gosto mesmo é de estórias contadas pelo autor, mas essa autora “fofa” acabou com todas as minhas definições.
Como é bom ter todo nosso castelo de cartas descontruído! O que me leva a crer que nossos padrões, certezas e verdades são construídos mais por nosso apego do que pela qualidade real das coisas. Comecei a lê-lo sem saber absolutamente do que se tratava. Ainda bem! Sem saber direito o nome do livro ou da autora. E qual foi a minha surpresa que após trinta ou quarenta páginas tive que saber mais sobre a autora.
Chorei como há tempos não chorava e acredito que só outro livro me impressionou com sua estória real (literariamente falando! Não é a historia da autora, certo?) emocionante e vivida. Foi As Pontes de Madison e me lembro de ter que parar de ler, de tão emocionada que ficava!
Vivi com a protagonista cada mínima sensação, me reconheci e sofri junto em cada decepção. Ester é uma figura viva, presente e minha amiga. Só tenho a dizer obrigada a autora por uma obra que me tirou de antigos parâmetros e me mostrou que boa literatura não tem tipo, conceito, predicado ou radical.

“O que estava acontecendo?
Será que eu tinha me enganado tanto? Será que eu tinha me deixado envolver a ponto de ficar completamente cega? Será que nossa relação era minha relação? Era via de não única, e fui a
única que não percebi? No final das contas, a minha fortaleza inexpugnável não passava de um castelo de cartas?”
Pag. 188


 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O que diz o cronista Plínio Barreto

Leitura amena


Dois livros, ambos por demais interessantes, dignos de leituras atentas, porque muito bem escritos, estilos inteiramente diferentes, mas igualmente merecedores de aplausos.
Começo com Baticum, a mim endereçado por um sobrinho afim, que muito admiro. Havia muito estava em meu poder, mas um pequeno incômodo em uma vista impedia a leitura constante, sempre interrompida face à impossibilidade de prosseguir.
Finalmente, consegui chegar ao fim, satisfeito pelo que me foi dado a ler. Obra composta em "minion" e impressa pela Gráfica Tamoios, em papel pólen rustic Suzano, para o Museu Histórico Abílio Barreto, em julho de 2003. Sua autora, Sônia Lins, nascida em Belo Horizonte, no ano de 1919.
Por Linhas Tortas também é de autoria de mãos femininas, escrito por Cynthia França, bela criatura nascida em Belo Horizonte, em 1978. É uma história de amor e superação, a mim chegada com esta generosa dedicatória: "Ao estimado Plínio Barreto, as minhas linhas tortas. Um grande abraço, com carinho". Junto à assinatura, a observação: neta do Tião Porto.
São 321 páginas, tão bem escritas e de leitura tão fácil, que comecei a ler pela manhã e à noite já havia chegado ao fim, lamentando não ter mais o que ler.
E por falar em Tião Porto, avô de Cynthia, hoje residindo na cidade de Elói Mendes, dele recebi, no sábado, folheto ilustrado alusivo aos 100 anos da cidade, recheado com belas fotos de pontos turísticos. Pelo que pude observar, meu velho amigo Tião tem muita razão de ser tão orgulhoso de sua cidade natal.

(Estado de Minas - Sábado - 12 de novembro de 2011 - Crônica - Caderno Cultura - p. 2)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lançamento


O lançamento de Por Linhas Tortas será no dia 19 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na Saraiva Megastore Diamond Mall, em Belo Horizonte.
Espero por vocês!

Sinopse:

Por Linhas Tortas conta uma história de amor e de superação. A história da mulher que compreendeu a importância de assumir a sua individualidade e as rédeas do seu destino.
Tímida e introspectiva, Ester conhece cedo o amor da sua vida e acredita que, com ele, será feliz para sempre. Até que a vida a surpreende com um fato inesperado, e ela percebe que não pode vagar pelo mundo como uma sombra, à mercê das adversidades que nos espreitam em todos os lugares.
Decidida a mudar, ela dá uma guinada em sua vida e se lança em uma jornada, sinuosa e ao mesmo tempo delicada, em busca de si mesma.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que diz a autora

Caros leitores:

Pela primeira vez na vida, arrisco-me no mundo literário.
Há alguns anos penso em escrever um livro. Os que me conhecem bem sabem que sempre gostei de escrever. E que sempre escrevi muito. Contudo, até agora as letras permaneceram restritas ao âmbito privado.
Alguma coisa mudou. Senti que tinha em mãos uma história que merecia ser contada. Ou melhor, que devia ser contada. Juntei um pouco de coragem e comecei a rascunhar o texto.
Assim que concluí a primeira versão, pedi a amigos e especialistas na área que lessem e fossem absolutamente sinceros comigo. Recebi críticas, sugestões e um grande estímulo para que publicasse um livro.
É o que estou fazendo agora, com muita emoção. E ciente dos perigos de externar meu pensamento publicamente.
Acho importante esclarecer que este livro é um divisor de águas na minha vida. Por meio dele, ouso emitir meu pensamento na forma escrita. E ouso compartilhá-lo com o público, sem restrições.
Se me pedissem para resumir em uma palavra o que este livro representa para mim, eu diria libertação. Ao escrevê-lo, tomei contato com realidades internas que desconhecia. Aprendi a me conhecer melhor. Reforcei em mim a necessidade imperiosa de analisar criticamente opiniões consolidadas, preconceitos embutidos e crenças inquestionadas. E de sempre desconfiar das aparências e buscar a verdade. Sim, ela existe.
Este livro me ajudou a enxergar o mundo e a vida de outra forma. E se uma analogia ajudar a esclarecer isso, faço uso do Mito da Caverna, de Platão. Olho para trás e me vejo como um daqueles seres presos ao fundo da caverna, imobilizada e condenada a olhar sempre para a parede em frente, onde eram projetadas as sombras da realidade.
Durante grande parte da minha vida, foi exatamente assim. Estive no fundo da caverna, tomando o espectro pela realidade, sem sequer suspeitar de que fosse apenas um espectro. Aceitei o filtro mental que me foi imposto pela explicação (ou pela falta dela) que me deram.
Ao ousar escrever este livro e buscar em mim o que eu tinha para oferecer, fiquei maravilhada com a oportunidade de me ajustar à realidade e de admitir que aquelas imagens eram falsas. E que, portanto, precisavam ficar para trás. Foi incrível perceber as coisas se deslocando e se alinhando novamente em outra perspectiva. Comprovei o que afirmou o enigmático escritor Julián Carax, personagem de A Sombra do Vento, de Carlos Ruíz Zafon: um relato é uma carta que o autor escreve a si mesmo para se contar coisas que, de outro modo, não poderia descobrir.
Livremente inspirado em fatos reais, Por Linhas Tortas conta uma história de amor e de superação. A história da mulher que compreendeu a importância de assumir a sua individualidade e as rédeas do seu destino. Mulher que — é bom esclarecer — não sou eu, mas que tem muito de mim. História que é minha apenas em parte, com todas as cores e tons que me permiti atribuir a ela. Cores e tons que não fogem à realidade, mas que, como reconheceu Isabel Allende, a realidade, raras vezes, os têm.
Espero que seja uma leitura agradável e que tenha algo a acrescentar à vida de cada um. De minha parte, procurei seguir o conselho que o velho Farrell deu a Stingo no memorável romance de W. Styron: escreva pondo para fora as suas entranhas.

Cynthia França

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que diz Francis PK

 Cynthia,

Li o seu livro. Como de costume, o fiz por etapas, em quatro dias consecutivos, para melhor assimilar o conteúdo, embora a todo instante ficasse tentado a prosseguir sem interrupção até o fim.

Constatei que tudo é factível, a história como um todo ou partes dela, o que torna a leitura ainda mais atraente. E duas são, a meu ver, as grandes marcas da sua obra, expressas pelo personagem principal: a esperança e a "não ofendibilidade". Não a esperança inerte, que leva as pessoas a aguardarem passivamente que o seu Deus resolva as suas vidas; mas a esperança ativa, de quem luta e segue em frente, sempre, acreditando poder atingir seus objetivos. Também é marcante a virtude da "não ofendibilidade", geralmente atribuída aos monges, que impede que a pessoa se ofenda e sinta ódio de outrem.

Seu livro merece ser lido por muita gente. Espero que seja!

Parabéns,

Francis

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que diz Lorena Vasconcelos Porto

Amei o livro: li-o em dois dias! Não conseguia parar de ler! Logo de início, me encantei com a protagonista Ester, com a sua personalidade doce e sensível, forte e apaixonante. Com ela, amei, sofri, me decepcionei, dei a volta por cima, lutei e amei de novo. A história é intensa e emocionante, com um final surpreendente. É uma mistura de fragmentos da vida real com a fantasia e a criatividade invejáveis da autora. A sua impressionante facilidade em traduzir com as palavras as vicissitudes da vida e os mistérios da alma humana me propiciou uma das leituras mais agradáveis e prazerosas que já tive. Não vejo a hora de poder continuá-la no próximo livro!
Um grande beijo, Lorena.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que diz Marília Horta Simões

Uma linda história de amor, narrada de forma delicada e emocionante.
Sua leitura foi muito prazerosa.
Parabéns pelo talento.

sábado, 7 de maio de 2011

O que diz Marco Antônio Sant'Ana

Cynthia! Cynthia! Cynthia...

Olha, não sei bem por onde começar a falar sobre seu livro... quero comentar muita coisa! Mas já aviso que não sou bom em criticar, eu mais contemplo que critico! Rsrs

Bem, comecemos pelo básico: Cynthia, você escreve e se expressa muito bem com as letras! A leitura foi tão tranquila e agradável que fluía por horas e eu nem me dava conta, sem falar que às vezes me pegava preso à narração e ficava aflito vendo o que os personagens faziam! Realmente ficou muito envolvente! Tanto que comecei a leitura num dia e acabei no outro. De tão gostoso que foi!

Veja bem, seu livro apresenta conflitos, personagens e clímax muito próximos ao leitor. Coisas que podemos experimentar ou ter experimentado em nossas próprias vidas. Ou seja, você consegue cativar o leitor por identificação dele com as experiências do personagem.

Além do que, particularmente para nós mineiros, o enredo se desenvolve aqui do nosso lado. A cada citação sua eu me pegava preso aos lugares que você mencionava. E para aqueles que não conhecem Minas, com certeza você os apetecerá com os detalhes e ainda deve lhes deixar muito curiosos quanto a tudo que você mostrou. Isso é super bacana!
 
Então, seu livro, tendo esses fatores, não deixa cair em clichê, porque seu enredo e seu contexto, no meio de tanta coisa palpável e de, digamos, pé no chão, o torna muito diferente do tradicional.

É como se pudéssemos ver, de fato, o que acontece no livro, baseado no que vivemos. Acho que muitos podem se identificar com ele!

Outra coisa muito legal que vi no enredo foi que, através de conflitos profundos da personagem principal, você descrevia bem as sensações e principalmente a solução para eles. Usou frases que normalmente não são de impacto, mas que lá absorveram essa característica. Tanto que algumas delas serviram para eu rever coisas também... Enfim, captamos o recado bem dado!

A obra é ótima! Sua forma de se expressar com as letras, os conflitos do enredo tão próximos, os lugares muito palpáveis e os personagens muito humanos fazem a leitura ficar cativante e super interessante! Adorei! Parabéns Cynthia!

Vou querer um autógrafo no meu livro assim que lançar!

Você vai nos avisar quando for fazer o lançamento né?! Eu vou lá buscar o autógrafo!

Parabéns! Parabéns! E parabéns!

Nossa! Deu uma emoção danada poder ler antes de você publicar! Gente, para mim isso é quase um sonho! Amo livros, daí poder comentar com a autora antes do mundo inteiro ler, ai meu deus! Incrível! Muito obrigado!

Beijo, Marco!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que diz Maria Inez Camargos

 O poeta Vinícius de Moraes disse que "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida".
 "Por linhas tortas" é uma história interessante, emocionante e mesmo surpreendente porque fala da vida, do amor familiar e, em meio aos desencontros inevitáveis, fala de tantas coisas boas que qualquer ser humano quer viver e se permite sonhar.
 Pode ser ou não a história de qualquer pessoa, ainda que em partes.
 Creio que a felicidade é o "caminho natural" para o qual todos somos destinados.
 Falar das contradições e das fatalidades que nos visitam da forma envolvente como o livro faz, torna sua leitura fácil e agradável.
 É uma história de paciência e persistência que cria expectativas, que instiga e faz com que nossa atenção fique presa até o fim.
 Enfim, fiquei feliz pela oportunidade de ler "Por linhas tortas" principalmente quando estava acabando de ler "O diário de Anne Frank" e sofrer pelo quanto o ser humano pode ser cruel!

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que diz Aline França Russo

Querida Cynthia:

Desde que me contou do livro, quando tive uma grata surpresa, pois não suspeitava dessa sua aptidão, fiquei com muita vontade de lê-lo. O fato de conhecê-la, saber de seu bom gosto e de sua inteligência e de já conhecer um pouco da história me fez prever uma deliciosa leitura. Portanto, foi com grande expectativa que comecei a leitura do livro.
Sem mais delongas, mesmo porque você deve estar pulando as palavras para saber logo a essência da minha opinião: amei. Não vou dizer que me surpreendi. Era exatamente o que eu estava esperando, correspondeu em tudo a minha expectativa, criada quando me contou a história. Tive a certeza de que tinha escrito algo assim: alegre, jovem, maduro, seu.
Li toda a história no mesmo dia, parando só para o almoço, o que já indica o quanto gostei. Quando um livro me "pega" assim de cabo a rabo é porque me conquistou. Ainda mais que tenho sentido um pouco de dor na lombar e a posição sentada é a pior de todas. Tudo o que queria era que o livro estivesse já no papel para que eu pudesse lê-lo deitada, na minha posição favorita, em vez de assentada defronte ao computador.
Vou destacar o que gostei. Para mim, você escreve muito bem. Seu estilo é leve, bem humorado, sem excesso de descrições, com ótimas cenas de reflexão e introspecção. Não devaneia, se atém à história e surpreende o leitor. Quase sempre, não dá para "sacar" com certeza o que vem pela frente.
A história é realíssima. Parece que poderia encontrar a qualquer momento com todos os personagens na vida real. São todos muito bem descritos, não tanto com palavras descritivas, mas através de suas falas e ações. São vivos. E muitos são excelentes pessoas, que dá vontade de conhecer de verdade. O caráter bondoso e forte da personagem central farão, com certeza, qualquer leitor simpatizar fortemente com ela. As situações vividas por ela foram compartilhados por mim intensamente. Emocionei-me algumas vezes. Parecem reais e me fizeram voltar para dentro e indagar "e se fosse comigo?". Gosto de ver exemplos assim na literatura, pois eles nos inspiram. Quase todos os seus personagens são exemplos, ensinam algo. Não existe a crítica malsã, o personagem do mal caricaturado, que às vezes passa longe da vida real.
As lutas internas enfrentadas pela personagem são muito intensas e reais. É como se eu tivesse realmente na mente dela, conseguisse entender o que ela pensa e consentisse com o que vive porque seus sentimentos, reações e pensamentos são lógicos e seguem muito bem sua característica.
Há também bons momentos "poéticos" em que você escolheu com precisão o vocabulário. Nada piegas, mas aquilo que encanta o leitor que gosta das palavras. Também há os momentos reflexivos, de conversa que ela faz com ela mesma que são muito interessantes. Será que seu livro também é psicodinâmico?
Como não podia deixar de ser, depois de conhecer a autora através de sua obra, gosto ainda mais de você.

Com sincera admiração, um abraço,
Aline

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro...

"Pensava que escrevia por timidez, por não saber falar, pelas dificuldades de encarar a verdade enquanto ardia, arvorava, arfava. Há muitos que ainda acreditam que começaram a escrever pela covardia de abrir a boca. Nas cartas de amor, por exemplo, eu me declarava para quem gostava pelo papel, e não pela pele, ainda que o caderno seja pele de um figo. O figo, assim como a literatura, é descascado com as unhas, dispensando facas e canivetes. Não sei descascar laranjas e alhos com as unhas, e sim com os dentes. Com as mãos, sei descascar a boca do figo e o figo da boca, mais nada. Acreditei mesmo que escrever era uma fuga, pedra ignorada, silêncio espalhado, um subterfúgio, que não estava assumindo uma atitude e buscava me esconder, me retrair, me diminuir. Mas não. Escrever é queimar o papel de qualquer forma. Desde o princípio, foi a maior coragem, nunca uma desistência, nunca um recuo, e sim avanço e aceitação. Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro. Deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada, emendada, uma dependendo da próxima garfada para alongar a respiração. Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida."

Fabrício Carpinejar